terça-feira, 3 de novembro de 2015

Dengue, chikungunya e zika: o foco é a prevenção!

dengue e chikungunya
Foto: Gabor Bibor
Muitos pensam que para frear o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika o foco deve ser acabar com os criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Certamente que as medidas de busca e eliminação dos criadouros e do mosquito são importantes. Os gestores públicos estão fazendo seus esforços para isso, através das visitas de agentes de saúde em casas e áreas de maior incidência de casos. Contudo, o foco principal deve ser a prevenção, através de uma mobilização total das famílias e comunidades comprometidas com as ações diárias que ajudam a evitar essas doenças, tais como: coleta adequada do lixo, eliminação de depósitos de água parada, remoção de entulhos, etc. Essas três doenças, também chamadas de “doenças primas”, têm diferenças entre si e a população deve ficar atenta às medidas preventivas e também colaborar no empenho coletivo para erradicá-las.
A assistente técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança, Thereza Kaiser Baptista, dá orientações sobre como lidar com essas doenças e ter atitudes preventivas.
Thereza Kaiser Batista - Assistente técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança.
Foto: Marcello Caldin
Thereza Kaiser Batista - Assistente técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança.

Em relação aos sintomas, quais são as principais diferenças entre a dengue, a chikungunya e a zika?

A dengue é, sem dúvida, a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça, dores nos olhos, falta de ar, mancha na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias que, por sua vez, podem ocasionar a morte. A chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se, principalmente, nas articulações, nas juntas. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas. Todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses e até dois anos. Por fim, temos a febre zika, que é a doença que apresenta os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e a da chikungunya, manchas na pele, olhos avermelhados e coceira. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. 

Quais são as orientações para quem desconfia que foi picado pelo mosquito Aedes Aegypti?

Em primeiro lugar: não se medicar. Assim que os primeiros sintomas aparecerem, ou você desconfiar que está com dengue ou com outra dessas “doenças-primas” - a chikungunya ou a zika - procure atendimento médico no Posto de Saúde, para diagnosticar o problema e iniciar o tratamento o quanto antes. O exame mais utilizado é o de sangue. No entanto, em muitos casos, o médico pode fazer o diagnóstico da doença apenas através da observação dos sintomas e a avaliação da história do paciente.

O que favorece a reprodução tão rápida desse mosquito que provoca todas essas epidemias?

Água parada favorece a reprodução. Na época do verão, essa estação do ano reúne dois fatores favoráveis que ajudam na reprodução da Aedes Aegypti: altas temperaturas e umidade. O cuidado deve ser redobrado nessa época. Isso não quer dizer que, no restante do ano, a gente não deva tomar os mesmos cuidados.

O mais importante: quais são as medidas de prevenção e controle?

A única forma de evitar essas três doenças - a dengue, a chikungunya e a zika - é o combate ao mosquito, através da eliminação dos criadouros dos mosquitos em casa, no trabalho e na área pública.
Programa de Rádio 1257 - 02/11/2015 - Dengue, Chikungunya e Zika

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O que faz com que uma criança tenha diferença de funcionamento do seu organismo?


crianca com diferenca no funcionamento do organismoRecentemente, uma criança com diferença no funcionamento do seu organismo perguntou ao Papa Francisco a razão pela qual se nasce com essa diferença. O Papa a abraçou e respondeu que isso é um mistério. E, completou: “Deus te ama”, e beijou a criança. Todos se comoveram.
Mas, a pergunta continua: o que faz com que uma criança tenha uma diferença de funcionamento no seu organismo? Para responder a essa e outras questões, a Pastoral da Criança entrevistou a Dra. Katia Aceti Oliver – neonatologista e pediatra do Hospital de Clínicas de Curitiba, Paraná.

Por que as crianças nascem com malformações, deficiências, síndromes e enfermidades?

São várias as causas. Especialmente, as mães que já são portadoras de algum problema antes da gestação, mães com diabetes, mães que não fazem um pré-natal adequadamente, mais idosas ou aquelas muito jovens. Essas tendem a ter alguma alteração durante a gestação e terem algum filho com alguma deficiência.

Para prevenir essas causas pré-natais, como fazer?

Principalmente, a mãe ter hábitos saudáveis. Se ela está pensando em engravidar, já começa a fazer os exames e a se prevenir: usando o ácido fólico, que seria um preventivo de alteração de sistema nervoso central. Também pode prevenir as infecções. Se essa mãe tem diabetes, fazer uma dieta ou um controle adequado, para que ela tenha uma glicemia adequada durante o período embriogênico (que seriam, principalmente, as nove primeiras semanas).


É uma situação difícil: não tem como a gente negar isso. Toda a família deve ser atendida por psicólogos ou outro profissional da área. A criança vai precisar de uma família bem centrada e, o mais importante de tudo: não desista da criança. Tudo o que essa mãe, ou essa família, puder fazer por essa criança vai ser muito importante.
Quando, durante os exames e no nascimento, percebe-se que é uma criança com alguma diferença no funcionamento do seu organismo, como orientar a família?

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Programa de Rádio 1252 - 28/09/2015 - Crianças com diferença no funcionamento do seu organismo
http://www.pastoraldacrianca.org.br/images/audios/programasvivaavida2015/sul/1252_diferencanofuncionamentodoorganismo_s.mp3

sábado, 2 de maio de 2015

NÃO TEM TROCO, LEVA BALA!!!

Não... não é nenhuma ameaça (hehe), apenas uma constatação do que vemos constantemente em estabelecimentos comerciais
É comum irmos ao supermercado, à padaria ou a qualquer outro estabelecimento e nos depararmos com preços quebrados. R$ 1,99, para não dizer que custa dois reais, por exemplo.

Nada contra, pois é uma estratégia mercadológica que chego a demonstrar para meus alunos de Administração de Marketing. Se chama precificação psicológica.

O problema ocorre quando esses e outros preços não arredondados acabam muitas vezes prejudicando o consumidor que, quando o caixa não tem troco, "TEM" que levar outro produto (bala e chiclete são os 'campeões') que não tinha intenção de adquirir (isso é considerado venda casada, o que é ilegal) ou mesmo, acaba não levando aqueles centavinhos de troco e ficando no prejuízo mesmo!

Ingenuidade dos proprietários desses estabelecimentos, pois acabam desagradando muitos clientes e infringindo a legislação.


Confesso que às vezes prefiro pagar com cartão de crédito para pagar o valor justo. Assim pago só o que comprei e ainda ganho um prazo sem juros para isso. O estabelecimento comercial, por sua vez, vai demorar aproximadamente um mês para receber e ainda vai desembolsar um percentual para a operadora do cartão.

É fato que muitas pessoas não ligam e que muitas moedas, principalmente as de R$ 0,01 então escassas, porém o cliente não deve ser prejudicado por isso.

Mais inteligente e dentro da Lei, seria, na falta de troco, o caixa arredondar o valor para baixo. 

Por exemplo, cobrar R$ 12,95 ou mesmo R$ 12,90 por uma compra de R$ 12,97. Tal atitude, além de preservar a integridade legal do estabelecimento, faz a felicidade de consumidores que, como eu, procuram economizar e ficam frustrados em pagar mais do que está na etiqueta, na prateleira e no ticket da compra.


É barato, agrada (pois é percebido muitas vezes como uma espécie de desconto) e evita que o estabelecimento seja multado pelo Procon, por exemplo.


Me lembro de um 'causo' contado por uma ex namorada que, quando criança, ia a uma padaria comprar dois pãezinhos diariamente para uma conhecida e sempre voltava com balas. Determinada ocasião, tal conhecida entregou a ela um saquinho cheio de balas para que ela entregasse na padaria. É até engraçado e surreal, porém ilustra bem o motivo pelo qual escrevo este texto.

Abaixo disponibilizo um filme bem legal de 1 minuto... Assista!

Fica a dica para consumidores e, principalmente, para empresários refletirem!

Abração!